No relato os Pais entregam como queixa o fato de seu recém nascido dormir tarde da noite 00hrs, e acorda muito cedo 4hrs… Que este ciclo tem empregado muito sofrimento ao cotidiano do casal.
Nós como Casal de Psicólogos e Pais de uma Princesa podemos dar alguns nortes para aliviar a carga dessa jornada. Então por favor, nos acompanhe:
O Primeiro passo é afastar quaisquer que sejam os acometimentos físicos, como exemplo: cólicas, azia, dores físicas, fome, constipação ou perturbações de ordem neurológica (alguma deficiência ou lesão proveniente do parto /gestação). Eliminados foram os fatores físicos, daí atentaremos aos fatores mentais, emocionais e de desenvolvimento desse serzinho.
Segundo passo, PaAAiiissSS! Vocês precisam aprender seus bebes, exatamente isso, a frase não está errada. Quando dizemos isso, o que de fato, torna-se imprescindível que os Papais e Mamães entendam, é que seus filhos bem como cada existência é um processo único e irrepetível, dotado então de uma característica única, e isso vai se expressar em seu comportamento nessa fase da vida, para ficar mais fácil de entender isso segue umas dicas:
1 – O único sentimento que eles irão entender durante poucos e longos meses desse inicio é o sofrimento, para eles tudo é dor… Sair de um lugar quentinho, onde o alimento chega na medida, a ar nunca sofre variações, o som está sempre afanado, e literalmente tudo é macio, pra esse mundão de luz e claridade, frio, com barulho, onde eu paço a utilizar a boca para saciar algo que chamam de fome, mais que eu entendo unicamente como dor, pois eu uso uma boca que nem sabia existir, um esôfago atrofiado, um estomago que nunca expandiu e um intestino que nunca veio a peristaltar…. Gente, se isso não é sofrer, não nos entendemos como Psicólogos….kkkkkk
2 – O único meio de comunicação que eles conseguem empregar e sem domínio, é o choro… Desafio vocês Pais, a passarem um dia usando somente uma silaba a sua escolha para se comunicar com o mundo a sua volta (não são permitidos gestos, no máximo um olhar direcionado) … Então agora além de dor ainda acrescentamos um cadin de frustração…
Obs** Aqui já começa a fazer sentido o porque de tanto choro, mais relaxa que ainda tem mais!
Terceiro e Curioso passo, aqui vem uma palha sobre desenvolvimento infantil, vocês acreditam que o seu pacotinho de amor não aceita a ideia de que ele é um ser no mundo?? Até aproximadamente o 6º mês eles entendem que no mundo eles existem como uma extensão da mãe, como se ambos dividissem o que seria o corpo (pense você que ele não sabe o que é um corpo, muito menos que o mesmo pode se dividir ou que não pode) … Logo os bebes não tem apenas um laço ou situação de dependência física, mais também uma dependência mental, que emprega o sofrimento da solidão, pois enfim se encontram aqui fora, e dê repente o fora é muito fora, pois o corpo que sempre foi meu corpo agora se afasta de mim. Adivinha? Eu choro! E vou chorar muito até começar a aceitar esta condição!
Obs** Aqui o papel do Pop (Pai) que esteve ao lado da Mamãe, gravido com ela esses meses todos, conversando e desenvolvendo essa vidinha torna-se no mínimo “super-foda”, pois ele vai ser o meio que o bebe usara para entender que ele se conecta a outra forma de vida que não seja a mamãe, e quando ele menos esperar ele vai se entender e enxergar como um ser, que não é parte de ninguém, senão de si próprio (cara, a vida é muito linda).
Quarto passo.. Ter uma rotina em casa com horários bem estabelecidos e respeitado é essencial para que o sono do bebê seja de qualidade, e para que ele se sinta confortável. Não é a toa que os bebes mesmos definem seus horários de sono e de mamar, o que nós como responsáveis por eles precisamos fazer é estar atentos e aprender a identificar os sinais. Mas calma, isso acontece aos poucos, com o avançar dos dias, semanas, meses… afinal estamos todos (bebe, papais, vovós) aprendendo os novos papeis. Perceba por volta de que horário seu bebe começa a ficar sonolento, crie “a rotina do sono”, diminua as luzes, o uso de telas, o som, de um banho bem quentinho, e o leve para o local de dormir. Faça isso dia após dia, uns dias serão mais rápidos, outros demorarão mais, mas quando a rotina estiver fixada, vejam o “milagre”.
O Quinto passo e talvez o mais importante, é: Seu bebê sente e vive o que percebe no ambiente, e em seus cuidadores, principalmente a mãe. E não falamos isso com peso de responsabilidade, claro também, mas ainda mais como alerta de cuidado. Filtre sentimentos ruins, agitação, raiva.. Respire, questione-se. Coloque uma musica suave, se preciso se afaste e peça para que outra pessoa assuma os cuidados para que você se acalme.
Tudo que pontuamos está interligado, são detalhes que fazem total diferença no dia a dia, mas pense que, tudo é uma fase…
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