Você sabe dizer o que é o AMOR?
Existem varias formas de explicar, milhares de sentir, e com toda certeza é muito difícil de trabalhar o conceito em patamares científicos… Logo, tal como uma filosofia faz sentido ao contexto que busca atender nós podemos destacar alguns cientistas que explicam com magnitude este sentimento que nos defini. Para tal conceituação de Amor, explicado via Logoterapia de V. Frankl.
O autor austríaco e percursor da 3ª escola vienense de psicoterapia, aborda o tema dividindo-o em três Atitudes, que indicam não a intensidade do sentimento vivido, mas sim a capacidade e desenvolvimento pessoal para senti-lo e por virtude devolve-lo:
Sexual
Nesta a capacidade intelectual do indivíduo está diretamente ligada ao lado mais primitivo de nossa existência, quando falamos de relacionamento interpessoal. Esta dimensão se localiza sua conexão ao outro unicamente no corpo e com o corpo, emprega sentido aos elementos sexuais que envolvem um prazer egocêntrico, visto que se despende de valores que empreguem um olhar ao outro e sua essência, empregando valor a notas corporais, tomando o outro utilização material.
Nesta o indivíduo fixa-se no extrato mais externo do outro, seu corpo. Envolve-se pelas qualidades físicas do outro e também na atração que ele próprio exerce sobre os outros. Tornando qualquer indivíduo passível de substituição, afim de preencher um vazio nunca saciado.
Erótica
Aqui o outro passa a ser desejado por aspectos interiores, como caráter, personalidade, moralidade entre outros valores subjetivos. E aqui é que encontramos a PAIXÃO, e apesar de estar além da atitude sexual quando falamos daquilo que ruma ao AMOR verdadeiro, tanto a atitude sexual quanto a erótica permanecem na instância do “Ter” do “Possuir”, ao tomarem como objeto uma nota corporal e aqui também psíquica do outro, que por sua vez podem ser substituídas por outras similares em qualquer terceiro.
A maior característica desta atitude é o ciúme. Visto a ideia possessiva de que outro é feito para preencher algo que nem o “eu” pode. Para tal a paixão serve como artificio de maleabilidade do outro para preferencias do indivíduo, onde coisas que não conferem com o desejo são ignoradas e de forma inversa as que alimentam o vazio são exaltadas.
Amor Verdadeiro
Na atitude de AMOR o corpo manifesta a intensão da dimensão espiritual e somente através dessa é possível uma vivência sexual humanizada, onde o outro faz parte do eu tal como eu faço parte do outro. Só existe o AMOR quando se ama o todo, e não apenas notas ou características do outro. É preciso reconhecer o outro como um ser UNICIENTE (único em sua existência), um ser irrepetível, que permite através de sua existência experiencias também únicas que jamais vivenciadas seriam na ausência dele, que por sua vez ocupa um lugar que nunca será substituível. AMA-SE a singularidade, AMA-SE aquilo que é intangível, aquilo que não está ao alcance dos olhos.