Setembro Amarelo!

Hoje a temática da coluna já pré-agendada seria sobre bebês e um dos desafios em entende-los… Porém depois de uma conversa filosófica muito gostosa, das muitas que tenho com minha esposa, resolvi dedicar esta coluna a comoção “Setembro Amarelo”, visto que o alvo de nosso debate foi a necessidade de fazer se valer a importância dessa atenção pela vida em todos os outros 11 meses. Logo está coluna é um apelo, para que a conscientização desde “amarelo” perdure por todo o ano em nossos olhares.

Para aqueles que desconhecem, ou sabem de maneira mais rasa ao que se dedica este programa de politica social chamado “setembro amarelo” é que dedico está leve introdução ao tema.

Em 2003 a OMS (Organização Mundial de Saúde) lançou o primeiro mês de comoção mundial voltado para uma temática emergente da sociedade, e este foi então o Setembro Amarelo. O porque desta movimentação se deu após em levantamento de dados mundiais sobre o índice de mortes violentas, onde espantosamente percebeu-se que o número de suicídios era alarmante, não somente tomava a dianteira nestes registros como também era maior do que todos os outros escores de mortes violentas juntos, e aqui falamos de acidentes de trânsito, homicídios, acidentes domésticos, guerras entre alguns outros indicadores. Espantados com tais números os cientistas se debruçaram em solução para prevenção desta atitude, uma vez que a morte por si não pode ser remediada como é o foco de várias outras campanhas instituídas por este órgão.

Pulando todo o fator histórico (que se diga de passagem também é uma ótima leitura e ponto de partida para um debate filosófico), vamos nos ater a realidade que se pretende entender com este movimento de prevenção. A OMS desenvolveu através de vários estudos multifatoriais políticas de prevenção pautadas no apelo a importância da vida e educação que promove por si mudanças no entendimento sobre este ato. E através destes anos que já vivemos até a atualidade a OMS destaca 4 grandes eixos para Prevenção ao Suicídio, e são esses:

1º Tratamento Adequado de Transtornos Mentais e Doenças de Ordem Psicológica:

Através de um procedimento tido como Autopsia Psicológica percebeu-se que em mais de 80% dos casos de suicídio se associavam algum tipo de transtorno psicológico que agravaria o acometimento dessas pessoas a esta atitude. E quando tratados adequadamente dificilmente levariam o quadro geral dessas doenças ao obtido por suicídio. Para fins de curiosidade os 4 transtornos que mais levam pessoas a comportamentos e atitudes suicidas são: Em primeiro lugar a Depressão; em segundo lugar o Alcoolismo; em terceiro lugar Esquizofrenia; E em quarto lugar Transtornos de Personalidade.

2º Restrição ao Acesso de Meios para Suicídio:

Nesta busca se entender quais os métodos mais utilizados para cometimento do ato suicida e então desenvolver políticas para restringir este tipo de acesso, como liberação legais para compra de determinados pesticidas, proibição na comercialização de alguns tipos de agrotóxicos, restrições de ordem psicológica para o porte e compra de armas de fogo entre outros meios que dificultem esta atitude.

3º Controle de Atos Impulsivos:

Quanto mais se buscava entender o perfil das pessoas que buscavam este caminho e os meios acima citados para livra-se de algum sofrimento, mais a ciência entendia que o suicídio era um ato impulsivo, e comprovadamente indica que mais de 90% das pessoas que atentam contra a própria vida não tem como intensão realizar a própria morte, mais sim por fim a alguma coisa que as faz sofrer, e somente são tomadas por esta intensão quando este sofrimento está em estado de pico.

Algumas politicas que são voltadas para prevenção do suicídio que não sabíamos:

Quando se tem direito ao porte de armas, uma das normativas para tal é que em sua residência o individuo possua um cofre onde a arma seja mantida guardada desmuniciada (sem projeteis) e em outro local a chaves estejam guardados os projeteis de fogo. Isto se dá, pois, aqueles indivíduos que tinham que se locomover entre um ponto e outro deste mencionados tinha seu impulso reduzido e em mais de 70% dos casos desistiam do ato suicida;

Outro método muito difundido é a utilização de cartelas Blisters, essas cartelas com fundo de alumínio que precisamos apertar para sacar um comprimido de medicamento por vez, um dos escores mais elevados em métodos para suicídio era a ingestão de superdoses de medicamentos, isso ocorria principalmente com o uso de medicações contidas em frascos, uma vez que o individuo muitas vezes “virava” um frasco inteiro de medicamentos em sua mão e os engolia de uma só vez… Acontece que quando o sujeito precisa apertar pílula por pílula para chegar a um numero suficiente ele tende por desistir, visto que o impulso fica amenizado pelo esforço.

4º Programas de Educação e Informação:

Entender todo o processo pode além de ajudar aquele que sofre com este tipo de ideação a sair dela como também auxiliar aqueles que pertencem ao grupo social destas pessoas à ajudarem as mesmas neste tipo de desafio. E aqui temos o método mais eficaz de todos os destacados pela OMS. Informar as pessoas é uma ferramenta poderosa, como o tio Ben diria “Grandes poderes vêm com grandes responsabilidades”, uma vez informados dessa realidade e munidos de ferramentas de auxilio, cria-se uma consciência de responsabilização em massa, visto que uma das características humanas mais eminentes é comunhão e o cuidado pelo próximo.

A temática rende muito material e para não os cansar vou encerrar esta coluna por aqui, espero que o conteúdo tenha sido útil, e de coração que este conhecimento seja ferramenta de mudança nos leitores. Forte abraço e até a semana que vêm. Para mais conteúdo sobre o tema e outros mais através de um viés psicológico, nos acompanhem: @ocasaldepsicologos também em nosso site: atitudereligare.com

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Psicólogo, mãe, pesquisadora. Sou uma profissional no tratamento da mente humana e suas relações.

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